domingo, 30 de janeiro de 2011

chapter II; have you ever seen the rain

comin' down on a sunny day?¹

Acordei de uma noite perfeita com o sol entrando por minha janela.
Passei as mãos em punhos sobre os olhos e me espreguicei, levantando da cama. Fui andando sonolenta pelo quarto até o banheiro e me despi, ficando debaixo da ducha fria, despertando de verdade finalmente.
Tomei o banho calmamente e demorei mais do que eu queria.
Sai do banheiro enrolada na toalha e gritei quando vi o corvo preto parado na janela. Peguei a primeira coisa que eu tinha em mãos – a faixa que estava em meu pulso – e joguei na direção dele que saiu voando e gralhando para longe da janela.
Suspirei e fechei as cortinas e vesti as roupas mais bonitinhas que eu tinha trazido. Era uma saia azul escura até um pouco acima do joelho, uma blusa branca e uma sapatilha branca também. Acho que estava… Aceitável.
Prendi meu cabelo em um coque frouxo e olhei no relógio na parede. Eram oito horas, então tinha duas horas para tomar café, escovar os dentes, pegar minhas coisas, pagar a pousada e encontrar Beatriz.
Ok, eu conseguia.
Peguei a chave do quarto, sai e tranquei-o calmamente. Desci as escadas calmamente, indo até a parte aonde tinha o café-da-manhã. O cheiro de pão quente entrava pelo meu nariz e eu sorri.
Tinha uma mesa cheia de coisas simples, mas apetitosas. Sorri e peguei um prato e um pão. Peguei queijo e presunto e fui me sentar. Comi calmamente em silêncio e sozinha. Pelo visto não tinha muitas pessoas acordadas.
Assim que terminei, fui até o meu quarto. Escovei meus dentes calmamente e depois arrumei minhas coisas. Peguei elas, sai e tranquei o quarto, e fui até a recepção.
Demorou um pouco para acertar umas coisas, mas ás 09h30, estava tudo pronto e eu estava sentada no mesmo sofá que Bea estava ontem.

Alguns minutos depois, ela veio sorrindo em minha direção. Estreitou os olhos me fitando e sorriu. Isso deveria significar que eu estava aceitável.
- Bom dia Bella. – falou ela me abraçando e eu retribui o abraço
- Bom dia Bea. – falei sorrindo
- Está bonitinha. – falou ela sorrindo. Ela vestia uma saia de cintura alta rosa e uma blusa com flores pequenas. Seu cabelo caia solto em suas costas, exceto a franja que estava presa para trás. Nos pés ela usava uma sandália preta no estilo gladiador.
- Você está linda. – falei sorrindo, sincera. Ela sorriu e deu uma volta e depois riu
- Ah, obrigada Bella. Mas então, vamos? – ela sorriu para mim
- Claro. – falei
Peguei minhas malas e nos saímos da pousada. Eu não sabia dizer qual era o carro dela, somente que era uma Ferrari vermelha. Colocamos nossas coisas lá dentro e entramos no carro.
Colocamos o cinto e ela acelerou, indo na direção da Virginia.

- Realmente, você tem muita coragem de deixar seu carro jogado lá… - murmurou ela – Eu não deixaria meu carro. É meu bebê – falou ela passando a mão no volante
- Também gostava do meu, mas… ele estava velho e não ia sair do lugar… - encolhi os ombros
Ela estreitou os olhos como se quisesse opinar algo, mas ficou calada. Começava a chover um pouco, fazendo eu senti um pouco mais de frio. Me martirizava por não ter pego um casaco.
Beatriz levou a mão ao aquecedor, deixando o ambiente mais quente e confortável.
- E então, alguma ideia para almoço? – perguntou ela olhando para mim, sorrindo
- Gosto de massa. – falei simplesmente.
- Okaay… Massa. – falou ela acelerando mais – Então, vai ficar aonde da Virgínia?
Pisquei, atordoada. Essa era uma pergunta que eu não esperava que ela fizesse. – Não sei… Na verdade, não tenho nada programado… - murmurei mordendo o lábio inferior
- Poderia ser Mystic Falls. – falou ela simplesmente – Aí eu conheceria alguém lá e você também. – ela sorriu, olhando para mim
Estreitei os olhos, pensando. Não seria ruim ficar em um lugar que conheça alguém. Na verdade seria ótimo, considerando que eu acho que se eu ficar sozinha, vou voltar a ter pesadelos.
- É, seria legal… Conhecer alguém… Uma idéia ótima, mas… Lá tem hotéis? – perguntei mordendo o lábio inferior
- Ah, bem… Acho que não, mas… Você poderia morar comigo. – ela deu de ombros, fitando a estrada com os olhos estreitos, devido à chuva que estava mais grossa.
- Você não me conhece e está me chamando para morar em sua casa?
- Essa viagem não vai ser muito rápida… Vai dar para eu te conhecer bem. E depois, eu sou ótima em saber se alguém está mentindo. – ela deu de ombros – Depois do almoço, você dirige, ok?
- Sim senhora. – falei rindo e fechando os olhos

- Mas então… Vai estudar lá em Mystic Falls? – perguntou ela sorrindo para mim
Eu arregalei os olhos, chocada. Não tinha pedido transferência ou feito qualquer coisa com relação ao colégio. Vi Beatriz me fitar com a testa franzida. Ela colocou o garfo no prato e estendeu a mão até meu braço e me cutucou, mas eu continuei paralisada
- Bella? – ela me chamou, mas me parecia muito distante. Eu me martirizava porque não ter programado nada quando sai de casa. Um lugar para ficar, um carro bom, uma transferência escolar… Nada! Só peguei algumas coisas e sai. – Isabella? Você está bem? – ela parecia muito preocupada
- Estou bem eu só…
- Você não programou nada não é?  - perguntou ela cruzando os braços sobre o peito
- Ah, bem… Não. – murmurei meio constrangida
- Ok, nós podemos tentar dar um jeito nisso. Relaxe, só vai perder algumas aulas… Sou ótima em persuasão. – ela piscou para mim pegando o garfo e levando um pouco do macarrão à boca.
Peguei meu copo com refrigerante e tomei um gole longo. Peguei meu garfo e voltei a comer o macarrão calmamente
- Ah, bem… Temos que comprar algumas roupas para você… Já que nós estamos aqui, nós poderíamos ver uma loja por ai. – ela deu de ombros
- Não tem nenhum compromisso lá em Mystic Falls? – perguntei com a testa franzida
- Ah, bem… Eu to fugindo de casa. Faço isso sempre, já estou acostumada. – ela deu de ombros – Gosto da Virgínia, não sei porque, então estou me encarregando de visitar todos as cidades… Mas as vezes fujo da rotina… Estava em Seattle esses dias, mas fiquei apavorada com a quantidade de morte que estava tendo. – ela balançou a cabeça como se fosse para espantar algum pensamento ruim
- Soube dos assassinatos… - murmurei – meu pai trabalha para a polícia. – falei simplesmente dando de ombros – Morava em Forks, não muito longe de Port Angeles que não fica muito longe de Seattle. Estive lá algumas vezes.
- Oh, mesmo? Interessante… - falou ela sussurrou bebendo mais do suco – Porque você está fugindo? – perguntou estreitando os olhos
- Estava causando mal a todos a minha volta… Estou meio que em depressão. – falei simplesmente
- Acredito em você. – falou ela me olhando – Quer dizer, reparei como você fica triste e calada em alguns momentos da viagem…
- Meu ex-namorado acabou o namoro comigo… Ele me abandonou no meio da floresta dizendo que eu não servia para ele… Que ele iria embora e não me queria junto… Coisas do tipo. – falei encolhendo os ombros e olhando para a mesa.
- Relaxe querida. Você é linda, só precisa se vestir melhor, e é para isso que eu estou aqui. – ela piscou para mim e depois olhou para os lados, procurando um garçom. Depois de poucos segundos procurando, ela levou dois dedos à boca e assobiou alto, chamando a atenção das pessoas que estavam no restaurante. Um garçom apareceu do nada e se postou ao nosso lado – A conta por favor – falou ela com um sorriso angelical
- Já irei trazer, um minuto. – falou ele se retirando e ela pegou o copo levando à boca, tomando o resto de suco.

Eu estava dirigindo o carro calmamente. No banco de trás tinha umas quinze sacolas. Fomos em muito mais lojas do que eu imaginei e compramos ao menos uma coisa em cada loja. Sinceramente, estava esgotada de tanto provar roupas.
E teve um bônus no final: passamos em um salão de beleza.
Bea insistiu que eu precisava fazer algo com meu cabelo porque ele estava muito… Normal e sem graça. Eu insisti que gostava do meu cabelo como ele estava, mas ela como sempre conseguiu o que queria.
Me sentia bem. Quer dizer, o corte ficou bom. Ficou bonito. Meu cabelo estava cortado não muito abaixo do ombro e estava todo repicado.
Bom, por fim, quando decidimos seguir caminho até Mystic Falls, faltava pouco para o pôr-do-sol.
Agora já estava anoitecendo e esperávamos a próxima cidade aparecer para irmos dormir. Sinceramente, hoje foi um dia bom. Me senti bem. Eu sorri, consegui me divertir e me sentir bem.
- Bella, que tal você acelerar mais um pouco? Quero me jogar em uma cama logo.
- Pode dormir, assim que a gente chegar eu te acordo. – falei sem tirar os olhos da estrada
- Que parte do “Quero me jogar em uma cama macia e confortavel você não entendeu chuchu? – perguntou ela irônica virando-se para mim – Quer saber? Você nunca mais vai dirigir de noite, porque se você dirigir, você vai acabar dormindo no volante até nós acharmos um lugar para dormir e… - ela ia continuar falando, mas eu levei à mão ao rádio deixando uma música country alta soar no carro inteiro e eu comecei a batucar os dedos no volante, acelerando mais um pouco – E eu vou ficar quietinha aqui e dormir. Ache logo uma cidade. – falou ela se encostando no banco e dormindo logo em seguida.

Estava dirigindo, totalmente curvada sobre o volante tentando ver a estrada. Mesmo com os faróis ligados, não conseguia ver direito graças à uma neblina irritante que resolveu aparecer.
E mais uma vez eu tive aquela sensação de estar sendo observada. Diminui a velocidade, com certo medo e me encostei no banco. Olhei no espelho retrovisor, vendo se tinha algum carro atrás de mim, mas não tinha nada.
Quando voltei meus olhos para frente, dei um grito. Um animal cruzava a pista calmamente. Com o susto, virei o volante de vez, fazendo o carro entrar na contramão . Com a velocidade que eu desempenhei isso, com o meu grito e com a buzina que eu apertei em algum momento que eu não me lembro, Bea acordou assustada, com os olhos arregalados e começou a gritar.
- O quê aconteceu?! – berrou ela olhando pra frente e percebendo que estávamos paradas na contramão
- Um animal e…
- Vamos Bella, saia daí. Vou dirigir até a próxima cidade. – falou ela tirando o cinto e saindo do carro.
Suspirei e troquei de lugar com ela. Assim que ela terminou de ligar o carro, acelerou de volta para o nosso destino.

- Bella, acorda! Temos que ir. – Beatriz me balançava com a voz sonolenta.
Abri os olhos calmamente, levando minhas mãos à eles, num intuito de despertar. Me sentei na cama ainda sonolenta e fitei Bea que me encarava com os olhos cerrados.
- Vamos logo mulher! Se não vamos pagar mais do que podemos e a gente não tem tanto dinheiro! – ela me puxou da cama pela mão e eu cambaleei de sono. Por sorte não fui de encontro ao chão – Tempo é dinheiro! – ela falou rindo me empurrando para o chuveiro pelos ombros.
Era incrível como ela tinha a capacidade de me fazer me sentir bem diante de tantas coisas acontecendo. Me despi rapidamente e entrei no chuveiro, deixando a água fria entrar em contato com todo o meu corpo, me fazendo despertar.
Tomei o banho rapidamente e me enrolei na toalha, saindo do chuveiro com o cabelo molhado pingando. O quarto estava vazio e as cortinas fechadas. Ao lado do telefone tinha um papel que Bea escrevera dizendo que já estava pagando as coisas que era para eu me arrumar logo.
Amassei o papel em uma bolinha e joguei no lixo do banheiro. Peguei uma roupa simples e comecei a passar o pente no meu cabelo, calmamente. Depois de penteado, coloquei uma tiara preta, tirando uma parte da frente de meus olhos.
Me olhei no espelho, depois de ter guardado as coisas no armário. Eu usava uma bermuda vermelha colada até o joelho e uma bermuda jeans clara por cima, no meio da coxa. Usava um blusa vermelha com manga e uma blusa azul por cima, um pouco mais curta que a vermelha e a de mangas um pouco mais curtas também. E, nos pés, sapatos brancos.
Bom, aquele não era um look que Beatriz aprovaria, na verdade tinha medo que ela me obrigasse a voltar para me trocar, ou pior, me abandonar aqui nesse fim de mundo. Mas todas as roupas que nós compramos ficaram no banco do carro, devidamente confortadas, então eu só tinha minhas roupas antigas, conseqüentemente isso estava incluso no pacote.
Peguei minha mala, a frasqueira e a chave do quarto e tranquei a porta. Fui até a recepção aonde Bea conversava com o homem na recepção. Entreguei a chave para ele e ele falou algo como ‘Volte sempre’ e ‘Boa Viagem’, mas eu não me importei muito.
Bea pegou a bolsa e nós fomos para o carro. Assim que terminamos de colocar as malas no porta-malas e entrar no carro, ela me olhou com os olhos castanhos acusadores.
- Que roupa é essa? – falou com os olhos cerrados
- Foi o mais aceitável que eu achei… - falei mordendo o lábio inferior e encolhendo o ombro
- Mesmo? Isso? – perguntou ela arregalando os olhos – Ok, agora eu estou assustada. – falou ela acelerando e rindo.
Conforme andávamos o cenário ia mudando. De uma cidade pequena à um lugar com poucas casas, uma cada vez mais distante das outra, até depois só ter um monte de areia e poucas plantas.
Incrivelmente, hoje não chovia. O céu estava azul e límpido, com poucas nuvens no céu. As poucas que tinham estavam distantes umas das outras. Suspirei, passando a mão no meu cabelo e olhando pra frente.
Bia cantarolava Help!, dos Beatles enquanto batucava os dedos no volante, no ritmo da música. Ela sorria, fitando a estrada totalmente deserta.
- Então... – falou ela poucos segundos depois de parar de cantar – Me fale sobre o seu ex. Como ele era...
- Fechado. – falei de vez. – Não tem muitos amigos… Só os irmãos. Alice, Jasper, Rosalie e Emmett.
- Muitos. – observou ela
- Adotados. Todos. – dei de ombros, indiferente – E… Ele tocava piano. Ah, o nome dele era Edward.
- Tocava piano? Mesmo? Adoro piano… - comentou ela sorrindo
- Ele toca muita coisa... Tem muito tempo vago...
- Ah... – falou ela ficando em silêncio de novo
- Me fale sobre você… Sua casa… O Brasil... – eu sorri, me virando para ela
- Okaay... – ela mordeu o lábio inferior e inclinou a cabeça pensando – Morava em Salvador, fica na Bahia. É bem conhecido pelas praias e essa coisa toda. – ela olhou para mim, sorrindo – Não é o melhor lugar para se viver… As pessoas tem um péssimo gosto musical, são muito mal-humoradas e se vestem mal. – ela franziu a testa como se lembrasse de algo ruim – Também são bem mentirosas. Mas acho que todo lugar è assim. – ela deu de ombros – Eu morava com meu pai, minha mãe e um cachorro. Pearl.
- Pearl? Isso é nome de menina… - comentei com a testa franzida
- Eu sei… Vi uma série… Tinha uma personagem que se chamava Pearl. Eu e uma amiga brincamos que isso era nome de cachorro. Acabou que coloquei o nome do cachorro de Pearl. – ela deu de ombros – Eu tive a sorte de conseguir morar em uma casa na beira da praia e não sofrer com muito barulho. Era uma casa grande, espaçosa. Não namorei muito… Sempre me importei em ficar com que era importante para mim… Odeio carnaval. – falou ela franzindo a testa – muita gente e muito suor. E junto com todo esse povão vem um monte de gente se vestindo mal. – ela riu e eu a acompanhei.
Ela parou, ficando calada um pouco, só fitando a estrada.
- Fugi por causa de um cara. Ele não queria me deixar em paz e… Meus pais não gostavam dele e me proibiram de namorá-lo. Comecei a namorar ele escondida... Depois já não tinha mais como contar com a ajuda deles. Peguei minhas coisas, me despedi do meu cachorro e corri para caramba. – ela se virou para mim, sorrindo
- Pensei que… Que fugia de seus pais. – falei mordendo o lábio inferior
- Não... – murmurou ela olhando para o chão – Fujo dele… Sei que deveria pedir ajuda da minha família, mas já tenho 18 anos, eles diriam que é problema meu. – ela deu de ombros – Sempre fui só eu. Sempre.
Olhei-a e vi que ela não tinha o sorriso de sempre. Consegui ver só uma garota com medo que precisava de ajuda. Segurei a mão dela, sorrindo de forma acolhedora e ela sorriu para mim.
- Já estive em vários lugares e… E faz um bom tempo que não o vejo. Vou embora antes de ter notícias dele. Não sei se ele continua me procurando, mas não posso mais voltar para casa… Meus pais não deixariam. – ela deu de ombros – Mudando do assunto triste e melancólico, eu sempre gostei muito de moda. Também gosto muito de fotografias… Adoro tirar fotos e, modéstia parte, sou boa. – ela sorriu para mim.
Ela, de repente fez a curva, entrando na imensidão de areia. Parou o carro perto de uma árvore com algumas folhas na copa e puxou a bolsa do banco de trás. Pegou uma máquina de profissional de dentro dela e saiu do carro.
- Vamos lá Bella. Só umas fotos. – ela sorriu para mim e eu sai do carro no mesmo instante.
Andamos um pouco pela areia. Bea olhou em volta, fitando o céu. Uma ave passava calmamente pela imensidão azul e Beatriz sorriu. Focou a câmera no pássaro, e esperou até que ele estivesse na frente do sol para tirar a foto.
Ela me estendeu a câmera e eu vi a foto. Estava realmente muito bonita, ela tirava muito boas fotos. Sorri para ela e ela entendeu o que eu queria dizer e fez uma reverência e eu ri.
Ela me abraço de lado e, enquanto riamos tirou uma foto. Eu puxei a câmera da mão dela vendo a foto
- Oh, caramba… Veja, é aquele filme da Barbie! A princesa e a plebéia. – brinquei
- O que é isso Bella?! Está ótima! – falou ela pegando a câmera de volta. – Vamos, quero tirar umas fotos suas! Sempre tiro fotos de pessoas que eu conheço!
- O que?! Eu não sou o tipo de pessoa que você quer…
- Agora Swan! – exclamou ela apontando para frente.
Ri e fui para a frente dela. Mordi o lábio inferior pensando em alguma pode para fazer, mas não tinha muitas idéias no momento.
Abri os braço, como em uma comemoração e pisquei para ela, com um sorriso imenso e ela tirou a foto, rindo.
- Ficou boa. De verdade. – ela sorriu, depois de verificar a foto – Vamos, outra.
Mordi o lábio inferior e estreitei os olhos, pensando. Em menos de um segundo, ouvi o clique a câmera, sinalizando que ela tinha tirado a foto. Arregalei meus olhos fitando ela e ela ria
- Ah, não me mate! Ficou engraçada! – ela  esticou a câmera para trás dela, em uma forma protetora – Mas está ótima, lhe garanto, vamos, faça logo a pose!
Revirei os olhos e fiz uma pose de bailarina, fazendo um arco com as mãos acima da cabeça. Em poucos segundos, Bea tirou a foto.
Ela veio andando até mim e me abraço, beijando minha bochecha. Sorri e fechei o olho direito e ela tirou a foto, rindo. Depois em, pouco segundo estava em minhas costas, me abraçando. Nossos, cabelos tapavam nossos rostos, mas ainda assim ela tirou a foto. (Devo dizer que ficou legal.)
Depois de alguns segundos, pude sentir algumas gotas caírem em mim, me molhando. Bia pulou de minhas costas e tirou uma foto da árvore que estava perto de nosso carro e depois algumas outras de paisagem.
O sol ainda brilhava forte no céu, fazendo um arco-íris fraco. Sorri e girei no lugar, sentindo meu cabelo voar e ouvi ao longe um clique, mas não me importei. Realmente me sentia bem. Me sentia livre e realmente viva agora. Como se Edward não fosse mais importante e que nada mais fosse me afetar.
Parei de girar e tirei a tiara do cabelo, jogando ela no chão. Deixei meus braços relaxarem ao lado do corpo e inclinei a cabeça para o céu, recebendo algumas gotas no rosto e, ao fundo, mais um clique pode ser ouvido.
A chuva foi ficando uma pouco mais forte e eu abri os olhos, passando a mão no cabelo.
- Acho que isso… Acho que é um sinal. – falei, sorrindo
- Hora de voltar à estrada. – falou ela indo na direção do carro. Peguei minha tiara e fui atrás dela.
Me sentei confortavelmente, passando a mão no cabelo, molhando um pouco o carro. Sorri e coloquei o cinto e Beatriz finalmente acelerou. Peguei a câmera de perto do câmbio e liguei ela, vendo as fotos.
Estavam todas muito bonitas e… poéticas. Me agradaram muitas. Ri com algumas das nossas fotos juntas e reprimi a vontade de apagar a minha foto fazendo careta. Desliguei a câmera e a coloquei dentro da capa e depois dentro da bolsa de Bea.
Olhei a criatura morena ao meu lado, que fitava a estrada, se movendo na banco como se ouvisse uma música suave.
Seria legal passar alguns dias com ela.
¹Have you ever seen the rain? - Creedence Clearwater Revival


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Bom, antes de mais nada, eu gostaria de agradecer à você que deixaram comentários e que estão seguindo o blog. Sinceramente, não esperava nem 3 leitores e eu consegui oito seguidores! Isso, realmente me foi incentivador.
Esse capítulo ficou maior que o outro e fiz isso por causa da quantidade de comentários. Me deixou feliz e me fez ter coragem para continuar.
Agora, vamos aos comentários...
jessy: Que bom que gostou querida (: está aí, um capítulo novinho ;) espero que goste.
mary maia [: : Obrigada meu amor *-*
Bia Martinez: Ah, que bom que acha que está perfeito *-* espero que goste desse capítulo também, pois fala, princípalmente sobre você (:
Paula: Ah, querida, fico feliz de saber que você está gostando tanto assim *-* Bom, espero ter tirado sua dúvida sobre a Bea (: acima de tudo, ela é uma das minhas melhores amigs e me pediu do jeito fofo dela para escrever a fic (:
dida wf: Ah, espero que você goste desse capítulo porque eu estou, simplesmente, amando essa fic (:
Gabriela: Ah, que bom que gostou (: espero que goste dessa fic também
jessica*****: Ah querida, pode divulgar aonde você quiser \õ/ e eu que agradeço, por não ter me abandonado (: Espero que goste dessa fic e comente bastante [:

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

chapter I; It's my life


It's now or never¹

Estava sentada na minha cama vendo as gotas da chuva baterem contra a janela. Isso era uma coisa que eu fazia muito ultimamente.
Todas as minhas atividades estavam feitas e eu tinha a tarde inteira pela frente ainda. Sabia o quanto isso que eu estava fazendo estava magoando Charlie, mas não tinha nada que eu pudesse fazer. Eu não conseguia simplesmente esquecer o que aconteceu. Não poderia simplesmente apagar meus pensamentos e voltar a viver normalmente. Eu nunca mais vou conseguir me sentir inteira. Nunca mais vou conseguir me sentir... Viva.
Suspirei e deitei minha cabeça no travesseiro. Peguei um Atlas em cima do criado mudo e comecei a folhear ele rapidamente, sem me importar em ver em que página estava e para qual página estava indo.
De repente, uma vento forte adentrou o quarto e jogou o Atlas contra a parede que caiu no chão aberto. Involuntariamente olhei para a janela, mas ela continuava fechada. Franzi a testa olhando em volta com medo que fosse um vampiro ou qualquer coisa do tipo, mas não era nada. Não tinha nada em meu quarto.
- Ok Bella, relaxe.. Deve ter sido só uma parte insana da sua cabeça… - murmurei e levantei da cama indo pegar o Atlas no chão. Franzi a testa vendo a página que tinha parado.
Falava sobre a Virginia. Já estivera lá umas duas vezes. Foi um lugar que me agradou bastante. Peguei o Atlas e fiquei lendo sobre toda a região da Virginia que era explicada ali e sorri ao ter uma ideia.
Uma ideia louca, imprudente e irresponsável.
Coloquei o Atlas no criado mudo e peguei a mala na parte de cima do meu armário. Comecei a pegar minhas roupas e a jogar lá dentro, sem me importar se estavam organizadas ou não.

Assim que tudo de importante meu estava na mala e na frasqueira, peguei todo o dinheiro que eu tinha em casa e coloquei em meus bolsos e um pouco na mala. Fechei os olhos e respirei fundo.
Ok Virginia, aí vou eu.

Ok, foi uma péssima ideia tentar ir para a Virginia com minha picape.
Estava em uma pousada pequena no fim de nada sem saber o que eu faria agora. Pensei em pegar um avião, mas não tinha em mãos muito dinheiro para uma passagem e ficar em alguma cidade.
Suspirei enterrando meu rosto em minhas mãos.
Olhei para a cama aonde estava todo o meu dinheiro e suspirei fundo, lembrando quanto eu tinha ali. 400 dólares não me levariam muito longe… Deveria ter contado o dinheiro antes. Deveria ter me programado antes. Não simplesmente pegado minhas coisas, minha picape velha e saído.
Peguei o meu dinheiro e coloquei na mala. Peguei a chave do quarto, tranquei ele e desci as escadas calmamente, com certo medo. A pousada parecia velha e parecia que iria cair sobre minha cabeça a cada segundo.
Na recepção, folheando uma revista de moda estava uma garota de pele clara, cabelos castanhos ondulados um pouco abaixo dos ombros, franjinha que cobria um pouco os olhos castanhos. Ela usava um vestido com pequenas flores rosadas, sapatilhas pretas com um laço vermelho na frente e uma tiara vermelha com um laço de lado que separava a franja do resto do cabelo. Ela não era muito alta, mas com certeza era mais alta que Alice.
Estava andando em silêncio até que pisei numa tábua do chão de madeira que rangeu e a garota deu um pulo no sofá e levou a mão ao coração.
- Meu Deus, você quer me matar é? – apesar de falar inglês muito bem, podia perceber que era não era daqui. Talvez da Espanha ou de Portugal...
- Ah, não… Me desculpe. – falei rapidamente, corando
Ela estreitou os olhos me observando e depois suspirou. Ficou de pé e me estendeu a mão – Sou Beatriz Martinez.
Segurei a mão dela um pouco desconfortável – Isabella Swan. – falei sorrindo e depois ela soltou minha mão e colocou elas nos bolsos do vestido – Você não é daqui, é? Seu sotaque...
- Sou brasileira. – ela deu de ombros, indiferente – Estou indo para a Virginia, mas estava dormindo no volante então parei para descansar… Estão vendo algum quarto para mim.
- Virginia, mesmo? – perguntei surpresa com minha sorte
- Aham. Mais precisamente Mystic Falls… Não é uma cidade muito grande, mas eu gosto de cidades pequenas… Sem muita correria e em contato com a natureza… Essas coisas. – ela sorriu para mim – E você, indo para onde?
- Para a Virginia, mas… Minha picape quebro e eu estou sem idéias… - suspirei encolhendo os ombros
- Eu posso te levar. – falou ela sorrindo – Só que você tem que me prometer uma coisa de extrema importância… - ela mordeu o lábio inferior, me olhando de cima para baixo
- O que? – perguntei franzindo a testa
- Você vai se vestir um pouquinho melhor… - ela falou com uma cara de cachorro pidão e eu revirei os olhos
- Só porque eu preciso muito ir para a Virginia. – falei rindo e ela me acompanhou
- Ah bem, eu estou saindo daqui amanhã, umas dez horas da manhã… Está acordada essa hora? – perguntou ela passando a mão pela franja, tirando ela um pouco dos olhos, mas logo ela voltou para o mesmo lugar
- Com certeza. – falei sorrindo e a mulher ruiva da recepção apareceu descendo as escadas com uma chave em mãos. Ela entregou a Beatriz que agradeceu e foi para trás de balcão.
- Bem, eu vou subir e descansar. Boa noite Isabella. – falou ela pegando uma bolsa não muito grande e se direcionando as escadas
- Boa noite Beatriz. E me chame de Bella. – falei me virando para ela. Ela franziu a testa e deu de ombros
- Me chame Bea. – falou simplesmente e se virou, subindo as escadas.
Coloquei a chave no bolso e sai da pousada calmamente, o vento frio balançando meus cabelos calmamente. Fechei os olhos e respirei fundo. Podia sentir que tinha alguém ali. Alguém que me observava e me estudava, cada movimento. Podia sentir algum poder aqui.
Abri os olhos e olhei em volta. Não tinha nada, só as árvores que se mexiam por causa do vento. Ou talvez por outra coisa…, pensei estreitando os olhos. A mesma coisa que invadira minha casa. Algo que me esperava na Virginia.
Tremi, mordendo o lábio inferior e me virei para a pousada, quando tomei um susto. Um corvo grande e preto cruzou meu caminho vindo do nada, me fazendo tomar um susto.
Gritei e dei um passo para trás e com meu desastre cai no chão áspero da cidade e ralei minha mão. Tirei ela do chão e vi que estava vermelha de sangue. Mordi o lábio inferior e quando olhei para o céu nenhum sinal do corvo.
Fiquei de pé e corri para dentro da pousada. Subi as escadas correndo e fui para o meu quarto. Pegue a chave em meu bolso e abri a porta.
Fechei-a e a tranquei. Suspirei e coloquei a chave na bancada ao lado da porta. A lua cheia entrava pela janela, iluminando o quarto. Liguei a luz do quarto e fui andando até o banheiro
Abri a torneira deixando a água fluir calmamente, molhando minha mão e limpando ela. O sangue fluiu até o ralo da pia até que minha mão parou de sangrar.
Peguei o sabonete que estava na bancada e o abri, passando nas mãos e depois enxagüei. Sequei-as e sai do banheiro. Peguei na frasqueira uma faixa e enrolei na mão.
Suspirei e me troquei calmamente. Depois, me joguei na cama e dormi tranquilamente, como se alguma coisa me protegesse dos pesadelos.

Acordei de uma noite perfeita com o sol entrando por minha janela.
Passei as mãos em punhos sobre os olhos e me espreguicei, levantando da cama. Fui andando sonolenta pelo quarto até o banheiro e me despi, ficando debaixo da ducha fria, despertando de verdade finalmente.
Tomei o banho calmamente e demorei mais do que eu queria.
Sai do banheiro enrolada na toalha e gritei quando vi o corvo preto parado na janela. Peguei a primeira coisa que eu tinha em mãos – a faixa que estava em meu pulso – e joguei na direção dele que saiu voando e gralhando para longe da janela.
Suspirei e fechei as cortinas e vesti as roupas mais bonitinhas que eu tinha trazido. Era uma saia azul escura até um pouco acima do joelho, uma blusa branca e uma sapatilha branca também. Acho que estava… Aceitável.
Prendi meu cabelo em um coque frouxo e olhei no relógio na parede. Eram oito horas, então tinha duas horas para tomar café, escovar os dentes, pegar minhas coisas, pagar a pousada e encontrar Beatriz.
Ok, eu conseguia.
Peguei a chave do quarto, sai e tranquei-o calmamente. Desci as escadas calmamente, indo até a parte aonde tinha o café-da-manhã. O cheiro de pão quente entrava pelo meu nariz e eu sorri.
Tinha uma mesa cheia de coisas simples, mas apetitosas. Sorri e peguei um prato e um pão. Peguei queijo e presunto e fui me sentar. Comi calmamente em silêncio e sozinha. Pelo visto não tinha muitas pessoas acordadas.
Assim que terminei, fui até o meu quarto. Escovei meus dentes calmamente e depois arrumei minhas coisas. Peguei elas, sai e tranquei o quarto, e fui até a recepção.
Demorou um pouco para acertar umas coisas, mas ás 09h30, estava tudo pronto e eu estava sentada no mesmo sofá que Bea estava ontem.

Alguns minutos depois, ela veio sorrindo em minha direção. Estreitou os olhos me fitando e sorriu. Isso deveria significar que eu estava aceitável.
- Bom dia Bella. – falou ela me abraçando e eu retribui o abraço
- Bom dia Bea. – falei sorrindo
- Está bonitinha. – falou ela sorrindo. Ela vestia uma saia de cintura alta rosa e uma blusa com flores pequenas. Seu cabelo caia solto em suas costas, exceto a franja que estava presa para trás. Nos pés ela usava uma sandália preta no estilo gladiador.
- Você está linda. – falei sorrindo, sincera. Ela sorriu e deu uma volta e depois riu
- Ah, obrigada Bella. Mas então, vamos? – ela sorriu para mim
- Claro. – falei
Peguei minhas malas e nos saímos da pousada. Eu não sabia dizer qual era o carro dela, somente que era uma Ferrari vermelha. Colocamos nossas coisas lá dentro e entramos no carro.
Colocamos o cinto e ela acelerou, indo na direção da Virginia.

- Realmente, você tem muita coragem de deixar seu carro jogado lá… - murmurou ela – Eu não deixaria meu carro. É meu bebê – falou ela passando a mão no volante
- Também gostava do meu, mas… ele estava velho e não ia sair do lugar… - encolhi os ombros
Ela estreitou os olhos como se quisesse opinar algo, mas ficou calada. Começava a chover um pouco, fazendo eu senti um pouco mais de frio. Me martirizava por não ter pego um casaco.
Beatriz levou a mão ao aquecedor, deixando o ambiente mais quente e confortável.
- E então, alguma ideia para almoço? – perguntou ela olhando para mim, sorrindo
- Gosto de massa. – falei simplesmente.
- Okaay… Massa. – falou ela acelerando mais – Então, vai ficar aonde da Virgínia?
Pisquei, atordoada. Essa era uma pergunta que eu não esperava que ela fizesse. – Não sei… Na verdade, não tenho nada programado… - murmurei mordendo o lábio inferior
- Poderia ser Mystic Falls. – falou ela simplesmente – Aí eu conheceria alguém lá e você também. – ela sorriu, olhando para mim
Estreitei os olhos, pensando. Não seria ruim ficar em um lugar que conheça alguém. Na verdade seria ótimo, considerando que eu acho que se eu ficar sozinha, vou voltar a ter pesadelos.
- É, seria legal… Conhecer alguém… Uma idéia ótima, mas… Lá tem hotéis? – perguntei mordendo o lábio inferior
- Ah, bem… Acho que não, mas… Você poderia morar comigo. – ela deu de ombros, fitando a estrada com os olhos estreitos, devido à chuva que estava mais grossa.
- Você não me conhece e está me chamando para morar em sua casa?
- Essa viagem não vai ser muito rápida… Vai dar para eu te conhecer bem. E depois, eu sou ótima em saber se alguém está mentindo. – ela deu de ombros – Depois do almoço, você dirige, ok?
- Sim senhora. – falei rindo e fechando os olhos

¹It's My Life - Bon Jovi

Accidentally in Love


Sinopse: " Assim que tudo de importante meu estava na mala e na frasqueira, peguei todo o dinheiro que eu tinha em casa e coloquei em meus bolsos e um pouco na mala. Fechei os olhos e respirei fundo.
Ok Virginia, aí vou eu."
Classificação: 16 anos
Gênero: Romance
Restrição: Possíveis cenas de violência, insinuação de sexo e linguagem grosseira.